O mundo está vendo dois líderes discutirem temas cruciais para o cenário econômico internacional: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se reuniram por telefone para uma conversa de cerca de uma hora. Este diálogo ocorreu na quinta-feira (7), e teve como um dos focos principais as tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos, tema de grande impacto para as economias de Brasil e Índia.
Além das tarifas, diversos tópicos relacionados ao cenário econômico global estiveram na pauta das duas lideranças, que buscam desenvolver estratégias conjuntas para enfrentar esses desafios.
Como as tarifas dos EUA estão afetando Brasil e Índia?
No dia 30 de um mês anterior, o presidente Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos da Índia. Alegando importações de petróleo russo, um decreto subsequente elevou essa tarifa para 50%, o mesmo percentual aplicado a produtos brasileiros. Com isso, Brasil e Índia se tornaram os países mais afetados pelas medidas dos EUA.
Quais são as metas de Brasil e Índia para o comércio bilateral?
Em busca de fortalecer suas economias, Lula e Modi reiteraram o objetivo de elevar o comércio bilateral a mais de US$ 20 bilhões até 2030. Para isso, pretendem ampliar o acordo já existente entre o Mercosul e a Índia, promovendo um mercado mais integrado e competitivo.
Os presidentes também compartilharam informações sobre plataformas de pagamento virtual, enfatizando ferramentas como o PIX brasileiro e o UPI da Índia (Sistema de Pagamento Unificado).
Quando Lula deve visitar a Índia?
Segundo uma nota divulgada recentemente, Lula deve visitar a Índia no início de 2026. Antes disso, como parte dos preparativos, o vice-presidente Geraldo Alckmin viajará à Índia em outubro para uma reunião do Mecanismo de Monitoramento de Comércio.
A delegação, que incluirá ministros e empresários brasileiros, participará de encontros focados em áreas como comércio, defesa, energia, minerais críticos, saúde e inclusão digital.
Há um mês, Narendra Modi esteve no Brasil, defendendo, juntamente com Lula, um maior protagonismo global para ambos os países, reforçando a candidatura aos assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Com informações da Agência Brasil
