A Suíça fez uma proposta surpreendente recentemente ao presidente russo, Vladimir Putin. O país está disposto a oferecer imunidade a Putin, desde que ele participe de uma conferência de paz em solo suíço. Essa oferta vem em meio a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra o líder russo, que ainda está em aberto.
Ignazio Cassis, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suíça, foi quem trouxe a público essa garantia. O gesto é parte de uma estratégia maior para facilitar diálogos de paz, enquanto respeita as restrições colocadas pelo Tribunal Penal Internacional.
Como a Suíça planeja garantir a presença de Putin?
No ano passado, o governo suíço introduziu novas diretrizes que permitem conceder imunidade a indivíduos alvo de mandados internacionais, se eles estiverem participando de conferências de paz no país. Isso significa que, embora o mandado contra Putin permaneça, ele poderia visitar a Suíça sem o risco de ser preso, desde que o motivo fosse um encontro para discutir a paz.
Essa regra, no entanto, tem suas limitações. A imunidade não se aplica a visitas com intuitos pessoais, como esclarecido por Cassis durante uma coletiva de imprensa em Berna, ao lado do ministro italiano Antonio Tajani.
Por que o Tribunal Penal Internacional expediu o mandado contra Putin?
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra Vladimir Putin. A acusação se centra na alegada participação dele no "rapto de crianças ucranianas" durante a invasão russa à Ucrânia. As crianças teriam sido levadas à força para territórios na Rússia, enquanto as tropas de Moscou avançavam.
O mandado é uma peça chave na pressão internacional sobre a Rússia, e a proposta suíça tenta equilibrar esse cenário, oferecendo um espaço para negociação sem obstruir a justiça internacional.
Qual o contexto internacional desta proposta de imunidade?
As movimentações diplomáticas em torno de Vladimir Putin ganharam um novo capítulo após um encontro nos Estados Unidos entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Esses diálogos reforçam a complexidade das negociações de paz e as posições adotadas pelos líderes globais.
Hoje, um conselho com os 27 líderes da União Europeia está previsto para "fazer um balanço" das conversas que ocorreram em Washington D.C., com foco na situação ucraniana.
Com informações da Agência Brasil
