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Mundo

China propõe nova ordem mundial ao lado da Rússia e da Índia

Em uma reunião que reuniu líderes importantes como Vladimir Putin e Narendra Modi, o presidente da China, Xi Jinping, apresentou a Iniciativa de Governança Global (IGG). Esta proposta ambiciosa, divulgada na segunda-feira (1), durante o encontro com 20 lí

01/09/2025

01/09/2025

Em uma reunião que reuniu líderes importantes como Vladimir Putin e Narendra Modi, o presidente da China, Xi Jinping, apresentou a Iniciativa de Governança Global (IGG). Esta proposta ambiciosa, divulgada na segunda-feira (1), durante o encontro com 20 líderes de países não ocidentais, pode ser o começo de uma nova ordem mundial. O cenário escolhido para apresentação foi a Organização para Cooperação de Xangai Plus (OCX), um fórum que já promove a cooperação entre dez países membros desde 2001.

O discurso de Xi Jinping trouxe à tona questões cruciais sobre a atual governança global, que, segundo ele, está ameaçada pelas persistentes "mentalidade da Guerra Fria, hegemonismo e protecionismo". Essas questões continuam influenciando o mundo, mesmo após 80 anos do término da 2ª Guerra Mundial e da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU).

O que levou à proposta de governança global?

A proposta surgiu em um momento de tensão comercial significativa, destacada pela guerra tarifária promovida pelos Estados Unidos (EUA) contra vários países, incluindo aliados como a Índia. Durante a reunião em Tianjin, cidade costeira do Norte da China, Xi Jinping elencou cinco princípios fundamentais para uma nova governança global: igualdade soberana entre estados, respeito ao direito internacional, prática do multilateralismo, uma abordagem centrada nas pessoas e a adoção de medidas concretas.

"Devemos defender que todos os países, independentemente de tamanho, força e riqueza, sejam participantes, tomadores de decisão e beneficiários iguais na governança global.", destacou Xi, chamando para uma maior democracia nas relações internacionais e mais voz aos países em desenvolvimento.

Qual é a visão do presidente russo sobre a iniciativa?

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrou apoio à proposta chinesa, elogiando a iniciativa de Xi Jinping. Ele ressaltou que uma dúzia de Estados já demonstraram interesse em participar da OCX, evidenciando a relevância do "diálogo aberto e transparente" promovido pela organização.

“A Rússia apoia a iniciativa de Xi Jinping e está interessada em iniciar discussões específicas sobre as propostas apresentadas pela China. Acredito que é a OCS que poderia assumir o papel de liderança nos esforços que visam moldar um sistema de governança global mais justo”, afirmou o líder de Moscou.

Como a Índia está recebendo esta nova proposta?

O presidente da Índia, Narendra Modi, agradeceu à China pela organização do evento. Ele destacou a "excelente" reunião com Vladimir Putin, apesar das tarifas impostas por Washington contra Nova Délhi. Modi enfatizou o diálogo abarcando comércio, segurança e cultura como um pilar da estabilidade regional e global.

“Nossa Parceria Estratégica Privilegiada Especial continua sendo o pilar mais importante da estabilidade regional e global”, expressou Modi.

O que a cúpula representa para as relações entre Índia e China?

Para Índia e China, que possuem uma relação marcada por tensões regionais e disputas fronteiriças, o encontro foi uma oportunidade para melhorar laços. A diplomacia chinesa avaliou positivamente a reunião, considerando-a uma continuação de melhorias nas relações bilaterais, iniciadas no encontro em Kazan, na Rússia, durante a cúpula do Brics de 2024. Este progresso é visto como um benefício não apenas para os dois países, mas também para o mundo.

O evento prometeu comemorar o "80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial", com um desfile militar que deve contar com a presença de 50 líderes mundiais na próxima quarta-feira (3). As referências históricas e a visão de futuro proposta na cúpula marcam um significativo passo para a transformação das relações internacionais.



Com informações da Agência Brasil

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