O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conseguiu, nesta quinta-feira (18), o visto norte-americano necessário para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O evento está marcado para a próxima semana em Nova York, e a presença de Padilha reforça a participação brasileira em discussões internacionais importantes.
“Recebi o visto hoje. Uma obrigação de um país que tem um acordo-sede com um organismo internacional. Tem que garantir o acesso de uma autoridade que é convidada para o evento”, declarou Padilha em coletiva de imprensa em Brasília.
Padilha irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrando a comitiva que vai aos EUA em meio a um clima tenso entre os dois governos, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por que Padilha precisava do visto?
Além da Assembleia Geral da ONU, Padilha foi convidado para uma conferência da Organização Panamericana da Saúde (Opas) que ocorrerá em setembro, em Washington. A participação nesses eventos é de grande importância para o diálogo diplomático e para fortalecer a presença brasileira no cenário internacional.
Qual é o pano de fundo das tensões diplomáticas?
O pano de fundo desta narrativa remete a agosto, quando o governo do presidente Donald Trump cancelou os vistos da esposa e da filha de Padilha, então com 10 anos. Na ocasião, o visto do ministro já estava vencido desde 2024, não sendo passível de cancelamento.
Durante a mesma semana conturbada, o Departamento de Estado dos EUA também revogou vistos de outros funcionários do governo brasileiro, ligados ao programa Mais Médicos, como o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales, e Alberto Kleiman, que atualmente coordena os preparativos para a COP30. Segundo o comunicado do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, esses servidores teriam ajudado a fomentar um "esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano" através do programa.
Com informações da Agência Brasil