No cenário internacional da agenda climática, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da ONU, António Guterres, se reúnem em Nova York para tratar do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Esse encontro integra a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, destacada por sua agenda de ação climática.
Durante o evento, será explorada a proposta de uma coalizão de mercados de crédito de carbono, com o objetivo de recompensar e incentivar países pela proteção de suas florestas tropicais e pela captura de gases de efeito estufa. Esse mecanismo promete uma sinergia eficaz para resultados ambientais tangíveis.
De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo TFFF visa captar inicialmente US$ 25 bilhões de países investidores até a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para novembro, em Belém. A meta é que esse capital, enquadrado como "júnior", catalise mais US$ 100 bilhões em aportes do setor privado nos próximos anos. "Não é doação, mas uma iniciativa que opera com lógica de mercado", afirma Marina Silva, ministra do MMA, ressaltando a expectativa de mobilização de quatro dólares do setor privado para cada dólar aportado pelos países.
O que está por trás do Fundo Florestas Tropicais para Sempre?
Os recursos pretendem garantir US$ 4 bilhões por hectare preservado. A proposta é que 74 países possam se beneficiar, desde que comprovem a conservação das florestas e destinem 20% dos recursos a povos indígenas e comunidades tradicionais.
Lançado em 2023, o TFFF foi anunciado em Dubai por Lula durante a COP28, recebendo apoio de países com florestas tropicais como Colômbia e Indonésia, além de investidores potenciais como Alemanha e França.
Qual o papel do Brasil no diálogo climático global?
O Brasil promove o diálogo sobre o TFFF no Evento Especial de Alto Nível sobre Ação Climática, acompanhando uma série de debates críticos sobre mitigação, adaptação e financiamento das mudanças climáticas. Essa iniciativa visa oferecer soluções e recomendações que culminarão em um relatório a ser apresentado na COP30.
Com essa estratégia, busca-se reforçar a responsabilidade compartilhada na conservação do meio ambiente, mantendo uma visão de futuro sustentável.
Com informações da Agência Brasil
