Em um cenário global muitas vezes abalado por conflitos e desigualdades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Assembleia Geral da ONU, ressaltando que a pobreza representa uma ameaça tão grande à democracia quanto o extremismo. Este alerta ecoa em um momento em que a busca por soluções e justiça social se torna cada vez mais urgente. Durante o evento, realizado na terça-feira, 23 de setembro, Lula enfatizou o papel crucial da equidade em todos os aspectos da sociedade.
"A democracia falha quando as mulheres ganham menos que os homens ou morrem pelas mãos de parceiros e familiares. Ela perde quando fecha suas portas e culpa migrantes pelas mazelas do mundo", afirmou o presidente, destacando assim as falhas sistêmicas que minam a estrutura democrática.
Como o Brasil está evoluindo no combate à fome?
Com um tom de otimismo, Lula compartilhou uma conquista importante: "Foi com orgulho que recebemos da FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura] a confirmação de que o Brasil voltou a sair do mapa da fome neste ano de 2025." No entanto, ressaltou que, globalmente, ainda existe um número alarmante de 670 milhões de pessoas famintas, e 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar.
Qual é a guerra onde todos podem vencer?
Em um chamado à ação global, Lula declarou que a única guerra onde todos saem vencedores é aquela travada contra a fome e a pobreza. "Esse é o objetivo da Aliança Global que lançamos no G20", disse ele, mencionando o apoio já manifestado por 103 países à iniciativa, sublinhando a necessidade de uma reavaliação das prioridades internacionais.
Quais são as prioridades para uma mudança global?
O presidente Lula destacou a importância de redirecionar investimentos para áreas de maior necessidade. Entre suas sugestões estão:
- Redução dos gastos militares em prol de uma maior ajuda ao desenvolvimento.
- Alívio do pagamento da dívida externa, especialmente para países africanos.
- Implementação de padrões mínimos de tributação global, sugerindo que "os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores."
O discurso de Lula na ONU reforça a visão de que, para enfrentar os desafios mundiais, é necessário um esforço coletivo, focado na equidade e no bem-estar social, colocando em primeiro lugar o combate à fome e à desigualdade.
Com informações da Agência Brasil