No início da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou um ponto primordial: a soberania climática deve ser uma prioridade dentro da ONU. Ele propôs a formação de um conselho dedicado ao acompanhamento das ações climáticas globais, trazendo à tona a urgência de ações coordenadas.
Nesse contexto de discussão global, Lula enfatizou o papel do multilateralismo, praticado pela ONU ao longo dos últimos 80 anos. Para ele, a modernização é essencial, sugerindo a criação de um conselho vinculado à Assembleia Geral para monitorar compromissos climáticos com legitimidade. Uma ação que, segundo o presidente, irá dar mais coerência aos esforços no combate às mudanças climáticas.
Como os líderes mundiais podem evitar o "abismo" climático?
Em seu discurso, Lula foi enfático ao ressaltar a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) — compromissos que os países assumem para reduzir emissões de gases do efeito estufa. "Sem NDCs, caminharemos de olhos vendados para o abismo", alertou. De acordo com o Itamaraty, até agora apenas 29 países apresentaram suas NDCs, enquanto o Brasil se comprometeu com metas ambiciosas para 2035, reduzindo entre 59% e 67% as emissões.
O que esperar da COP 30 em Belém?
A COP 30, marcada para novembro, é vista por Lula como a "COP da verdade". Ele destacou a conferência como o momento crucial para que líderes mundiais provem seu compromisso real com o planeta. "Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática", pontuou.
Lula também ressaltou o trabalho realizado no : "O Brasil já reduziu pela metade o desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos". Este esforço, segundo ele, será um compartilhar de realidade com o mundo sobre a situação da Amazônia.
Qual a relação entre o fundo para florestas e a preservação climática?
Outro destaque do discurso de Lula foi o lançamento do mecanismo de conservação das florestas tropicais. O objetivo é fomentar o desenvolvimento sustentável e remunerar países que mantêm suas florestas em pé, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Com essas iniciativas, a expectativa é que a agenda da ONU seja cada vez mais focada em ações práticas e efetivas, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
Com informações da Agência Brasil