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Mundo

Nada justifica o genocídio em curso em Gaza, afirma Lula na ONU

Durante a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 23 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe ao debate internacional uma questão delicada, que tem gerado comoção global: o conflito envolvendo a Pal

23/09/2025

23/09/2025

Durante a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 23 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe ao debate internacional uma questão delicada, que tem gerado comoção global: o conflito envolvendo a Palestina. Em suas palavras, ele apontou que não há situação mais emblemática de uso desproporcional e ilegal da força como a que ocorre na Palestina.

"Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo", afirmou Lula. Contudo, segundo ele, absolutamente nada justifica o genocídio em Gaza: "Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes." Essa declaração traz à tona a complexidade do conflito, levantando questões morais e éticas sobre a atuação das potências mundiais.

Qual é o papel da comunidade internacional em Gaza?

"Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente", continuou Lula, apontando um dedo para a comunidade internacional e sua responsabilidade diante dos eventos em Gaza. Para ele, o massacre não ocorreria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo, enfatizando ainda que a fome está sendo usada como arma de guerra e que o deslocamento forçado de populações se faz de maneira impune.

Lula expressou admiração especial por judeus que, "dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva". Essa fala reforça a ideia de que a oposição à violência é uma causa que atravessa fronteiras culturais e nacionais.

Qual é a solução para o povo palestino?

Na visão do presidente, o povo palestino só sobreviverá como um estado independente e integrado à comunidade internacional, uma solução defendida amplamente na ONU, mas obstaculizada por questões político-diplomáticas complexas. Mais de 150 membros da ONU reafirmaram a necessidade de um estado palestino, visão frequentemente bloqueada por vetos nos altos conselhos da organização.

Nada justifica o genocídio em curso em Gaza, afirma Lula na ONU
Nova York (NY), 23/09/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas. Foto: Ricardo Stuckert/PR - Ricardo Stuckert/PR

Como está a situação na Ucrânia e quais são as propostas de Lula?

Além do Oriente Médio, outro foco do discurso de Lula foi a Ucrânia. Ele declarou que o reconhecimento de que não haverá solução militar no conflito entre Rússia e Ucrânia é um consenso, destacando o "recente encontro no Alasca que despertou esperança por uma solução negociada".

"É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista", sublinhou ele, mencionando que isso significa considerar as preocupações legítimas de segurança de todas as partes envolvidas. Ações como a Iniciativa Africana e o grupo Amigos da Paz, criados por China e Brasil, foram apontadas por Lula como potenciais contribuintes para promover o diálogo e a paz.



Com informações da Agência Brasil

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