Você sabia que a sintonia entre líderes globais pode influenciar diretamente nas relações comerciais entre países? Recentemente, Geraldo Alckmin, presidente em exercício do Brasil, declarou que a "boa química" entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump pode ser a chave para resolver o tarifaço norte-americano, que atualmente taxa produtos brasileiros vendidos nos Estados Unidos a até 50%. Alckmin fez essa afirmação durante um evento de mercado capitais, organizado pelo BNDES, no Rio de Janeiro.
Esse possível avanço nas relações bilaterais surgiu após um encontro informal na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no qual Trump expressou ter gostado de Lula, usando termos como "homem muito agradável" e "excelente química". Será que estamos prestes a assistir a uma reviravolta nessa situação econômica?
Como a química entre Lula e Trump pode influenciar no comércio?
Em uma declaração otimista, Alckmin destacou que a relação amistosa entre os presidentes pode ser determinante para buscar uma solução justa ao tarifaço. Segundo ele, a boa disposição dos líderes pode ajudar a reverter essa política tarifária que não justifica.
“Nos Estados Unidos, uma boa química entre presidentes vai ajudar a buscarmos a melhor solução para resolvermos um tarifaço que não se justifica”, enfatizou o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O que esperar do encontro entre os líderes?
Embora ainda não definido se o futuro encontro anunciado por Trump será presencial ou por telefone, o importante é que ambos os lados parecem dispostos a dialogar. O Palácio do Planalto confirmou que Lula aceitou a proposta de Trump para uma discussão a ser realizada em breve.
Qual a posição do governo brasileiro?
Alckmin reforçou que o Brasil enxerga a tarifa de 50% como uma medida injusta, destacando que a tarifa média de importação dos EUA é de apenas 2,7%. Além disso, oito dos dez produtos mais exportados pelos EUA para o Brasil têm tarifa zero. O ministro também reiterou a importância do diálogo e a longa história de amizade de 201 anos entre os dois países, o que pode ser um facilitador para a negociação.
Por que Trump adotou uma política protecionista?
O presidente Trump justifica as altas tarifas usando argumentos protecionistas, alegando que os EUA estão em desvantagem comercial. O Brasil, ao lado da Índia, é um dos países mais atingidos, apesar de os dados oficiais demonstrarem o contrário, com um déficit comercial favorável aos EUA. Além disso, Trump mencionou questões políticas envolvendo o ex-presidente Bolsonaro como parte do contexto dessas tarifas.
O Brasil e os EUA possuem uma relação comercial substancial, sendo os EUA o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas da China. As tarifas afetam um terço das exportações brasileiras e têm impactado negativamente as vendas, que caíram significativamente em agosto.
Resta-nos agora acompanhar como essa "boa química" será traduzida em ações práticas que possam aliviar as pesadas taxas impostas, beneficiando não apenas industries brasileiras, mas também melhorando as relações comerciais a longo prazo.
Com informações da Agência Brasil
