Os Estados Unidos decidiram revogar o visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Essa decisão foi divulgada oficialmente pelo Departamento de Estado nas redes sociais, após Petro ter participado de uma manifestação pró-Palestina em Nova Iorque, enquanto acontecia a 80ª Assembleia Geral da ONU.
O governo americano expressou suas razões indicando que Petro, em solo norte-americano, teria incitado militares dos EUA a desobedecer ordens e adotou um discurso inflamatório. "Vamos revogar o visto de Petro devido à sua imprudência e ações incendiárias”, afirmou o governo dos Estados Unidos.
Por que o visto foi revogado?
Durante uma manifestação em Nova Iorque, Gustavo Petro defendeu uma intervenção armada global visando libertar o povo palestino do conflito com Israel. Esse posicionamento contundente e a convocação de ações, enquanto um chefe de estado na jurisdição americana, foram suficientes para desencadear a decisão de revogação do seu visto pelos Estados Unidos.
Qual a resposta de Gustavo Petro?
Neste último sábado (27), após retornar à Colômbia, Petro se pronunciou sobre o ocorrido. Ele criticou a postura norte-americana, afirmando que eles não estão seguindo as normas internacionais estabelecidas e a imunidade diplomática da ONU.
"Cheguei a Bogotá. Não tenho mais visto para viajar para os EUA. Não me importo. Não preciso de visto, apenas de um ESTA [autorização de viagem], porque não sou apenas um cidadão colombiano, mas também um cidadão europeu”, afirmou.
Qual foi a justificativa de Petro?
Gustavo Petro argumentou que a revogação do visto ocorreu após suas declarações sobre o “genocídio” na Palestina. Em suas palavras, ele destacou: “A humanidade deve ser livre em todo o mundo. Temos o direito humano de viver no planeta. Sou livre e todo ser humano deve ser livre na terra”.
Esse episódio revela mais do que um simples desacordo diplomático. Ele acende o debate sobre a liberdade de expressão de líderes políticos em eventos internacionais e a resposta dos países anfitriões diante de discursos polêmicos. O que vem a seguir na relação entre EUA e Colômbia?
Com informações da Agência Brasil