O anúncio de um acordo de paz entre Israel e o Hamas trouxe alívio e esperança para muitos na região de Gaza. Ambos os lados do conflito, palestinos e israelenses, expressaram suas comemorações com gestos de otimismo em relação ao futuro. Esse acordo, além de representar um marco no processo de pacificação, traz à tona importantes questões sobre a retomada do dia a dia nessas comunidades.
Nouh Al-Shaghnouby, um ex-bombeiro civil que testemunhou de perto os horrores da guerra, compartilhou um sentimento coletivo de alívio ao dizer: “Graças a Deus a guerra acabou. Espero que nunca volte a acontecer e que este seja o fim definitivo.” A empatia pelo sofrimento alheio não se restringiu a um único lado. Do outro lado, cidadãos como Anat Berdugo também comemoraram a perspectiva de segurança e o retorno dos reféns: “Estou muito feliz que os reféns poderão voltar para casa.”
O que realmente muda com o acordo de paz?
Embora ainda fosse possível ouvir explosões na Faixa de Gaza pela manhã, indicativos do acordo surgiram à tarde. Khalil Al-Hayya, do Hamas, declarou oficialmente o fim dos bombardeios, assegurando que países como os Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia garantiram o término das hostilidades. A implantação desse cessar-fogo está prevista para o dia seguinte ao anúncio, prometendo segurança e estabilidade.
Quais são os termos do acordo?
O acordo prevê passos cruciais como a abertura da passagem de Rafah para circulação de civis e transporte humanitário. O Hamas se compromete a devolver todos os reféns em sua posse, enquanto Israel, em contrapartida, libertará mulheres e crianças palestinas prisioneiras. Uma troca que simboliza o esforço de reconciliação.
Como o mundo reagiu ao novo cenário?
A cena internacional aplaudiu o progresso representado pelo pacto. Emmanuel Macron, presidente da França, celebrou o acordo como histórico, e Johann Wadephul, da Alemanha, descreveu o momento como um dia de alegria e alívio. Para a Comissão Europeia, segundo a vice-presidente Kaja Kallas, há disponibilidade para apoiar a paz sustentável em Gaza.
Quais desafios humanitários ainda persistem?
Apesar do otimismo, a situação em Gaza continua crítica. O subsecretário-geral das Nações Unidas, Tom Fletcher, destacou a urgência na entrega de ajuda. Com 2,1 milhões de pessoas necessitando de auxílio alimentar e um sistema de saúde devastado, os desafios humanitários são enormes. Há uma necessidade urgente de abrigo, já que muitos estão desabrigados com o inverno se aproximando.
Informações adicionais foram obtidas através da Agência Reuters.
Com informações da Agência Brasil