No cenário do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, ocorrendo em uma segunda-feira vibrante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva captou holofotes ao proferir que "a fome é irmã da guerra". Não importa se é com "armas e bombas ou com tarifas e subsídios", a fome surge como um eco persistente em tempos de conflito.
Neste evento, Lula destacou como conflitos armados destroem não apenas a infraestrutura, mas também desorganizam cadeias de insumos e alimentos, afetando seriamente países em desenvolvimento. Sua fala também abordou barreiras e políticas protecionistas de nações ricas, que muitas vezes desestabilizam a produção agrícola global.
Por que a fome e a guerra caminham juntas?
Durante seu discurso, Lula trouxe à discussão a paralisia de organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio, e citou exemplos alarmantes como a "tragédia em Gaza". Ele ressaltou como, nesses cenários, a fome se transforma em um símbolo do descuido com regras e instituições multilaterais, impactando negativamente populações vulneráveis.
Qual o papel do multilateralismo no combate à fome?
Lula não deixou de elogiar os 80 anos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e sua colaboração com outras entidades como o Programa Mundial de Alimentos. Ele destacou que, sem o multilateralismo, o mundo certamente seria um lugar menos acolhedor. Segundo Lula, graças à FAO, muitos países já incorporaram o direito à alimentação em suas legislações nacionais.
Recordando uma década, Lula mencionou sua participação nas celebrações dos 70 anos da FAO, quando o espírito de colaboração global parecia mais forte com a Agenda 2030 nos horizontes. No entanto, ele afirmou que, hoje, tanto a capacidade coletiva de ação quanto o otimismo global foram abalados por novos desafios.
"Apesar dos desafios crescentes, a alternativa é persistir. Enquanto houver fome, a FAO continuará sendo essencial", declarou Lula, reforçando o compromisso com a causa global e o papel essencial do multilateralismo no enfrentamento dessa questão.
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Com informações da Agência Brasil