Você já ouviu falar sobre esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado? Esse é um problema que vem ganhando proporções de saúde pública no Brasil, atingindo cerca de 20% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia. Esta condição é responsável por afetar o equilíbrio do organismo e, se não for tratada, pode evoluir para complicações bem mais sérias, como cirrose ou até câncer hepático.
Se você está pensando que é algo raro, saiba que essa não é uma realidade distante — ela impacta cerca de 30% das pessoas no mundo todo! Mas será que dá para evitar ou reverter o problema? Vamos desvendar essas questões e entender como um diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida podem ser a chave para a prevenção.
O que causa a gordura no fígado?
A nutricionista Vitória Alves Ribeiro destaca que a esteatose hepática está bastante relacionada ao excesso de calorias, que muitas vezes vem do consumo exagerado de ultraprocessados, frituras, gorduras saturadas e bebidas alcoólicas. Esse tipo de alimentação leva ao ganho de peso e, como consequência, ao acúmulo de gordura no fígado.
Existem duas principais vertentes da doença: a esteatose hepática alcoólica, causada pelo consumo excessivo de álcool, e a não alcoólica, ligada ao sedentarismo e distúrbios metabólicos. O diagnóstico, geralmente realizado por exames de imagem, é crucial e, por isso, a recomendação é recorrer a especialistas como endocrinologistas ou hepatologistas.
Quais alimentos devem ser evitados?
Controlar sua alimentação é fundamental para quem já tem esteatose hepática ou deseja prevenir. Alguns alimentos são vilões para o fígado, e é bom ficar atento a:
- Bebidas alcoólicas;
- Refrigerantes e sucos industrializados;
- Alimentos ricos em açúcares, como pães e massas brancas;
- Frituras e fast food;
- Embutidos e carnes processadas;
- Manteiga e queijos gordurosos.
Quais alimentos ajudam?
Se algumas comidas complicam a situação, outras podem ser suas aliadas! Uma dieta equilibrada rica em fibras, frutas, verduras e gorduras boas é capaz de ajudar a reverter a condição. A nutricionista Vitória Alves Ribeiro recomenda focar nos fitoesteróis e nas gorduras insaturadas presentes em alimentos como azeite de oliva e abacate. Também não podem faltar proteínas magras, tanto vegetais quanto animais.
A perda de peso é importante?
A resposta é sim! A perda de peso de forma gradual é essencial. A recomendação é uma redução de 7% a 10% do peso corporal, conforme orienta a especialista. No entanto, cuidado com dietas da moda: é preciso um plano sustentável e balanceado, sempre monitorado por um profissional da saúde, evitando abordagens restritivas e os riscos de deficiências nutricionais.
Como pequenas mudanças podem ajudar?
Modificar pequenos hábitos pode fazer uma diferença enorme. Reduza o consumo de refrigerantes e doces, prefira alimentos in natura e inclua frutas, verduras e grãos integrais em sua dieta. A prática de atividades físicas regularmente é outra dica valiosa.
Não se esqueça: moderação é a chave para manter a saúde sem abrir mão do prazer de comer. Embarcar em mudanças radicais pode ser desestimulante, então é melhor optar por adaptações graduais que se mantenham ao longo do tempo.
Por último, lembre-se da importância do acompanhamento profissional. Um especialista pode personalizar sua dieta e estilo de vida de modo que você mantenha uma nutrição equilibrada e controle a esteatose hepática de modo eficaz.
Por Genara Rigotti
Redação EdiCase