Você já se viu em uma situação onde precisou lidar com o mau hálito? Pois saiba que essa é uma condição bastante comum. Estimativas da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) indicam que até 30% da população mundial pode ser afetada por essa condição em algum momento da vida. O mau hálito, também conhecido como halitose, não só gera desconforto e constrangimento social, mas também pode sinalizar problemas na sua saúde bucal ou geral, merecendo atenção e acompanhamento odontológico adequado.
Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre esse tema, conversamos com a periodontista Maria Fernanda Kolbe. Ela é doutoranda, mestre e especialista em periodontia, além de sócia da Clínica Sorr, em São Paulo. A especialista compartilha informações valiosas sobre a saúde bucal e destaca a eficácia do Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy) na prevenção do mau hálito. Vamos descobrir o que há de mito ou verdade por trás de algumas crenças sobre o tema?
O mau hálito é causado apenas por problemas estomacais?
Mito. É comum as pessoas associarem mau hálito a problemas estomacais, mas, segundo Maria Fernanda Kolbe, a principal causa dessa condição está na boca. "A halitose é frequentemente resultado de um desequilíbrio na microbiota bucal, gerando excesso de biofilme, saburra lingual, cáseos amigdalianos, inflamações e infecções", afirma a periodontista.
O mau hálito é sempre decorrente da má higiene bucal?
Em parte. Embora a má higiene bucal possa contribuir para o desenvolvimento do mau hálito, ela não é a única culpada. A halitose pode ter múltiplas causas, e uma das mais comuns é, sim, a falta de higiene adequada.
Escovar os dentes é suficiente para eliminar o mau hálito?
Mito. Engana-se quem pensa que apenas a escovação resolve o problema. A escova convencional alcança somente as superfícies livres dos dentes, ignorando regiões entre os dentes. Por isso, o uso de fio dental e escovas interdentais é fundamental. Não esqueça, também, da língua! "A higiene bucal deve ser completa, incluindo a remoção de biofilme em áreas de difícil acesso", enfatiza Maria Fernanda.
Beber pouca água pode provocar halitose?
Verdade. Manter-se bem hidratado é uma medida eficaz para evitar problemas como o mau hálito. "A ingestão adequada de água é crucial para manter a boca hidratada, auxiliando na remoção de resíduos e prevenindo a formação de saburra lingual", explica a especialista.
Enxaguante bucal substitui a escovação para evitar o mau hálito?
Mito. O enxaguante bucal não substitui a escovação, servindo apenas como complemento. Em alguns casos, ele pode até piorar a situação. "Se o paciente sofrer de 'boca seca' e usar colutórios à base de álcool, poderá aumentar a desidratação da cavidade oral, agravando a halitose", alerta Maria Fernanda.
O mau hálito pode ser tratado?
Verdade. Se o mau hálito é constante, é essencial buscar orientação profissional para descobrir suas causas. "O primeiro passo é identificar a origem do problema. O tratamento é possível e geralmente eficaz, incorporando bons hábitos de vida, higiene correta e implementação de protocolos modernos, como a GBT, que remove o biofilme de maneira suave e direcionada, ajudando a controlar as causas do mau hálito", detalha a periodontista.
Segundo Maria Fernanda, o Protocolo GBT não apenas melhora a saúde bucal, mas também ajuda o paciente a visualizar o biofilme em cores diferentes. "Esse recurso motiva e conscientiza, tornando o tratamento mais eficaz e proporcionando um hálito fresco", conclui ela.
A GBT é uma solução inovadora que combina tecnologia, precisão e conforto, oferecendo uma profilaxia completa em comparação com limpezas tradicionais. Evidenciar o biofilme em cores diferentes melhora a compreensão do paciente sobre sua saúde bucal e facilita um acompanhamento mais personalizado pelo dentista.
Por Sandra Santos
Redação EdiCase