Se você acompanha o noticiário econômico, já deve ter ouvido falar sobre o desempenho da economia brasileira. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe uma novidade que coloca o Brasil em destaque. De acordo com os dados divulgados, o PIB do Brasil subiu 3,2% nos últimos 12 meses, posicionando o país na sexta colocação entre os membros do G20 que já divulgaram os resultados.
Mas, será que isso é mesmo uma boa notícia? A comparação ano a ano mostra um crescimento de 2,2%, mas entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, o avanço foi de apenas 0,4%. Essa desaceleração é algo para se preocupar? Vamos entender o que está por trás desses números e o que esperar para o futuro da economia brasileira.
O que esses números significam para o Brasil?
O G20, grupo formado pelos 19 países mais a União Africana e a União Europeia, representa nada menos que 85% da economia mundial. Estar entre os seis melhores desempenhos de PIB nos últimos 12 meses é uma posição de prestígio para o Brasil que mostra um bom potencial econômico.
No entanto, apesar desse avanço, o crescimento de 0,4% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, segundo o IBGE, levanta a questão da desaceleração econômica.
Por que a economia desacelerou?
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, aponta a política monetária restritiva como a responsável por esse cenário. Com juros altos, o Banco Central busca controlar a inflação, mas, ao mesmo tempo, essa política desestimula o consumo e o investimento, esfriando a economia.
Essa estratégia acarreta uma menor demanda por bens e serviços, o que pode explicar a desaceleração do PIB.
O que podemos esperar para o próximo trimestre?
O Ministério da Fazenda, através de sua Secretaria de Política Econômica (SPE), espera um crescimento do PIB para o terceiro trimestre "pouco inferior" ao segundo. Fatores como a desaceleração no crédito e juros mais altos, juntamente com aumentos na inadimplência, trazem um cenário de cautela.
No entanto, o mercado de trabalho ainda é resiliente e pode ser um ponto positivo para a economia, juntamente com o pagamento dos precatórios e a expansão do crédito consignado.
Com esse panorama, fica no ar a pergunta: como a economia brasileira vai se comportar no final do ano? A projeção inicial de crescimento de 2,5% para 2025 pode sofrer ajustes, dependendo de como esses fatores continuarão a se desenvolver.
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Com informações da Agência Brasil