Você sabia que ações recentes do governo brasileiro podem reduzir drasticamente o impacto de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos? É isso que aponta o boletim Macrofiscal apresentado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A intrigante pergunta é: como essas medidas podem influenciar a economia nacional e os empregos?
De acordo com o boletim, as tarifas infligidas aos produtos brasileiros podem gerar uma redução de 0,2 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB). Com a atuação do governo, essa queda é atenuada para 0,1 p.p. Isso não é tudo: sem as ações do governo, seriam quase 138 mil postos de trabalho perdidos. Entenda como essas iniciativas governamentais são cruciais.
Que impacto as medidas do governo têm sobre a economia?
Sem as medidas federais, as perdas de empregos estariam distribuídas principalmente nos setores da indústria, com 71,5 mil cortes, serviços com 51,8 mil e, em menor escala, na agropecuária, com 14,7 mil. Todavia, ao implementá-las, a perda estimada cai para 65 mil empregos, mostrando a eficácia das ações.
Este movimento governamental também parece mitigar a inflação, reduzindo a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,9% para 4,8% em 2025, segundo a SPE. Tudo isso indica uma tentativa de estabilização no difícil cenário econômico futuro. Mas, você deve estar se perguntando, o que vem a seguir?
Como o Plano Brasil Soberano entra em jogo?
O Plano Brasil Soberano tem se mostrado a tábua de salvação em meio a esse cenário, com medidas como o adiamento do pagamento de tributos e a manutenção de empregos por meio de compras públicas. Este plano oferece linhas de crédito com condições favoráveis a exportadores, especialmente micro, pequenas e médias empresas, e fomenta um ambiente favorável para investimentos e inovação.
O capital de giro disponibilizado ajuda a compensar quedas de exportação para os EUA e estimula a busca por novos mercados, promovendo a aquisição de bens de capital e exigindo, em troca, a preservação dos empregos. Em um estudo, fundamentalmente, destacou-se que, apesar das tarifas impactarem setores específicos, a economia como um todo não sofre tanto, em especial quando consideradas as compensações do plano.
Os desafios do tarifaço imposto pelos EUA: o que está em jogo?
Em julho de 2025, os Estados Unidos incrementaram para 40% as tarifas de importação para alguns produtos brasileiros, atingindo setores como minerais, máquinas e equipamentos, ao lado de eletrônicos e móveis. Isso agravou as condições para exportadores que já enfrentaram uma tarifa de 10%, anunciada previamente em abril do mesmo ano.
Com exportações brasileiras para os EUA somando US$ 40,3 bilhões em 2024, e representando 12% do total exportado, entende-se os impactos setoriais. Estima-se que US$ 16,4 bilhões de produtos enfrentem agora tarifas de 50%, especialmente para itens quase exclusivamente direcionados ao mercado norte-americano. A questão que fica é como o Brasil continuará respondendo a esses desafios e se adaptando ao cenário mundial."
Com informações da Agência Brasil