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Mundo

Desnutrição infantil em Gaza atinge novo recorde em agosto, diz Unicef

A situação da desnutrição infantil na Faixa de Gaza está se tornando cada vez mais crítica. Relatórios do Unicef revelam números preocupantes: em agosto, um número recorde de crianças enfrentava desnutrição severa, um reflexo direto das condições extremas

16/09/2025

16/09/2025

A situação da desnutrição infantil na Faixa de Gaza está se tornando cada vez mais crítica. Relatórios do Unicef revelam números preocupantes: em agosto, um número recorde de crianças enfrentava desnutrição severa, um reflexo direto das condições extremas que assolam a região. Aqui, você compreenderá mais sobre os fatores por trás dessa crise humanitária.

Esse cenário trágico se desenrola num contexto de escalada militar e bloqueios que debilitam ainda mais o já frágil sistema de saúde da região. A cada dia que passa, a possibilidade de reverter essa situação parece mais distante, mas entender os detalhes e as ações possíveis para ajudar pode fazer toda a diferença. Vamos explorar os impactos e as possíveis soluções para essa situação alarmante.

O que dizem os dados mais recentes?

“A porcentagem de crianças diagnosticadas com desnutrição aguda em exames feitos em Gaza aumentou de 8,3% em julho para 13,5% em agosto. Na Cidade de Gaza, onde a fome foi confirmada no mês passado, a porcentagem de crianças internadas com desnutrição foi ainda maior, de 19%, contra 16% em julho”, diz o Unicef.

No contexto geral, mais de 500 mil pessoas estão enfrentando fome severa em Gaza, segundo a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), e a situação só tende a piorar.

Por que a situação está piorando?

Em agosto, muitos centros de tratamento na Cidade de Gaza foram fechados devido a ordens de evacuação e intensificação das operações militares, reduzindo os locais disponíveis para atendimento de crianças desnutridas. Essa medida impactou significativamente a capacidade de diagnóstico e tratamento, conforme relatos do Unicef. Apenas 12,8 mil crianças foram identificadas como gravemente desnutridas em agosto, enquanto 13 mil tinham sido diagnosticadas em julho. A redução se deveu à menor capacidade de triagem motivada pelo conflito.

Qual é o impacto disso para as crianças?

As crianças são as que mais sofrem. Dados mostram que 23% das crianças hospitalizadas em agosto padeciam de desnutrição aguda severa, uma escalada em relação aos 12% registrados no início do ano. Ricardo Pires, porta-voz do Unicef, descreve a realidade como uma "catástrofe humanitária absoluta." Ele afirma que mais de 18,5 mil crianças já perderam a vida desde o início dos conflitos, uma média chocante de 28 crianças por dia.

Qual é o papel do Unicef na crise?

A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, reforça a importância do apoio nutricional para as crianças de Gaza. Apesar de conseguirem enviar mais suprimentos para a área, a intensificação dos conflitos gerou o fechamento de centros nutricionais, deixando os pequenos ainda mais vulneráveis. "Os serviços de nutrição devem ser protegidos em toda a região. Nenhuma criança deve sofrer de desnutrição, que podemos prevenir e tratar com acesso seguro," declarou Catherine.

No âmbito de soluções, o Unicef tem aumentado a quantidade de Rutf (Alimentos Terapêuticos Prontos para Uso), mas ainda há uma carência de outros suprimentos críticos para bebês, grávidas e lactantes.

Quais medidas são necessárias para melhorar a situação?

As Nações Unidas enfatizam a urgência de incrementar a ajuda alimentar, facilitar a distribuição e garantir sua acessibilidade. Revitalizar o sistema de saúde, manter serviços como cuidados primários e assegurar entregas regulares de suprimentos são medidas cruciais. Melhorar esses aspectos pode reduzir drasticamente os piores impactos da fome na região.

É imperativo restaurar o cessar-fogo e respeitar os direitos internacionais, protejendo civis e estruturas vitais como hospitais e centros nutricionais. A entrada de ajuda humanitária deve ser liberada sem restrições, e é crucial que todos os refugiados sejam tratados com dignidade. A ONU ainda pressiona para que os reféns sejam liberados imediatamente.

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Com informações da Agência Brasil

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