No dia 7 de outubro, marca-se o segundo aniversário de um conflito devastador que tem abalado a Faixa de Gaza, resultando na morte de mais de 67 mil palestinos, enquanto 170 mil estão feridos, segundo dados das autoridades de saúde em Gaza.
Do outro lado, em Israel, o número de vítimas chega a 1.665 mortos, sendo 1,2 mil nas primeiras horas do ataque do Hamas, fato que ainda ressoa nas memórias de todos, e cerca de 250 pessoas foram sequestradas durante esta ofensiva, como noticiou a Reuters.
O que levou à escalada do conflito em Gaza?
Este atentado de outubro é considerado o mais sangrento nos 75 anos de história do estado de Israel. Cerca de 48 reféns permanecem em Gaza, dos quais apenas 20 são esperados como vivos. A ofensiva israelense, marcada pela destruição de civis e infraestrutura básica como hospitais e escolas, levantou uma onda de críticas internacionais. A alegação de genocídio, embora fortemente refutada por Israel, encontrou eco em vários protestos globais.
Quem sofre com o cerco a Gaza?
A situação humanitária é profunda e desesperadora: o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) relata que uma a cada três pessoas em Gaza enfrenta a fome, afetando milhões de crianças com risco crítico de desnutrição. A devastação é tão intensa que a educação se vê ameaçada. O cerco israelense impede que ajuda internacional emergencial pise no território, colocando cada vez mais vidas inocentes em risco.
Qual é o papel das negociações internacionais?
Diante deste cenário, as negociações se tornam um farol em meio à tempestade. Um plano de paz proposto por Donald Trump busca intercâmbio de reféns por prisioneiros, além de desmantelar a presença armada do Hamas na governança de Gaza. Este movimento é acompanhado por intensas conversas diplomáticas, com o Egito atuando como mediador. Entidades globais, incluindo o Brasil, insistem em uma solução pacífica, salientando a necessidade de um Estado palestino soberano.
Por que o conflito entre Israel e Palestina se mantém?
As raízes deste conflito profundo remontam ao século passado, com a criação de Israel em 1948 e a subsequente ocupação de territórios palestinos. Política, religião e questões territoriais se entrelaçam em uma teia complexa, alimentada por um ciclo de violência e negociações frustradas. O Acordo de Oslo, em 1993, trouxe uma esperança temporária com a formação da Autoridade Nacional Palestina, desenhando o início de um governo autônomo palestino.
Apesar do reconhecimento internacional pelo menos de 140 estados para a formação de um Estado palestino, a aprovação permanece paralisada nos bastidores das Nações Unidas, com oposições pesadas especialmente dos Estados Unidos.
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Com informações da Agência Brasil