Imagine a tensão e o alívio ao mesmo tempo. Foi assim que 13 brasileiros voltaram para casa, desembarcando no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, depois de uma saga de resistência e solidariedade. Eles faziam parte de uma flotilha que levava ajuda humanitária à população de Gaza, e após uma série de eventos dramáticos, estão de volta ao Brasil. Você consegue sentir a emoção? Era quinta-feira, 9 de novembro, quando eles aterrissaram em solo brasileiro, às 10h10 da manhã.
A jornada não foi fácil. Eles haviam sido deportados para a Jordânia e, posteriormente, fizeram uma longa escala em Doha, no Catar. Finalmente, tocaram o solo de casa. O que os esperava? Um batalhão de pessoas ansiosas para recebê-los: amigos, familiares, apoiadores e até parlamentares. Toda essa recepção carinhosa em Guarulhos se misturava à sensação de vitória pela causa palestina.
Quem são os protagonistas deste retorno?
Entre os brasileiros que voltarão com histórias para contar, estavam Luizianne Lins, deputada federal pelo PT do Ceará; Mariana Conti, vereadora do PSOL de São Paulo; e Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino-Palestino. Todos participaram ativamente dessa missão humanitária e agora sentem na pele o peso dessa experiência.
Qual era o clima ao desembarcar?
Na chegada, o local se transformou em palco de uma coletiva de imprensa. Thiago Ávila, um dos ativistas presentes, falou emocionado sobre a importância do cessar-fogo em Gaza. "A mobilização popular precisa continuar, porque dois anos após o genocídio, hoje não tem bombas caindo sobre o povo palestino em Gaza. Essa vitória não é nossa, é do povo palestino", declarou ele, num discurso que ecoou entre os presentes.
Como a ação do governo brasileiro e da Jordânia foi essencial?
O processo de repatriação foi facilitado pelo apoio da Jordânia, amplamente agradecido pelo governo brasileiro. A articulação diplomática foi crucial para que o grupo retornasse em segurança, exemplificando como as conexões internacionais podem ser decisivas em tempos de crise.
O que ainda está acontecendo em águas internacionais?
A situação ainda requer atenção. Na mesma semana, na quarta-feira, novas embarcações com ativistas foram interceptadas pelas forças israelenses em águas internacionais, a 220 km da Faixa de Gaza. Com isso, mais 145 ativistas foram detidos. Este é um drama que continua e clama por desfecho justo, enquanto parte do grupo internacional permanece retido, sob supervisão israelense.
Esses eventos deixam uma lição: a luta pela justiça e pelos direitos humanos é árdua e exige sacríficos, mas as cenas de recepção calorosa em Guarulhos mostram que os esforços não foram em vão.
Com informações da Agência Brasil