Em um momento de incerteza e esperança, milhares de palestinos estão retornando para as suas casas na Faixa de Gaza. A trégua, resultado do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, trouxe um breve alívio à tensão que dominava a região. As tropas israelenses iniciaram sua retirada, permitindo que as famílias voltassem para o que restou de suas vidas anteriores. Acompanhe o desenrolar dessa crise e entenda como a política internacional e os acordos são moldados em meio a conflitos complexos.
Como está a situação das famílias palestinas retornando para Gaza?
Com a ativação do cessar-fogo ao meio-dia desta sexta-feira (10) – o que corresponde às 6h no horário de Brasília – um movimento de retorno em massa começou a se formar. Os palestinos que foram desalojados enfrentam cenas de destruição ao retornarem para a Cidade de Gaza. Ismail Zayda, um morador local, relatou com alívio que sua casa ainda está de pé, mas afirmou que a devastação ao redor é imensa.
"Mas o lugar está destruído, as casas dos meus vizinhos estão destruídas, bairros inteiros foram destruídos."
O governo de Israel ratificou o acordo de cessar-fogo com o Hamas, e em 24 horas espera-se a retirada completa das tropas, oferecendo um breve sopro de esperança para a população civil.
Quais são as implicações do cessar-fogo?
O acordo não apenas promete a liberdade para 20 reféns israelenses, mas também a libertação de mais de 2 mil palestinos detidos. Caminhões carregados de suprimentos essenciais estão finalmente acessando Gaza, uma região marcada pela escassez e desolação.
A primeira fase do plano de paz idealizado pelo presidente dos EUA busca uma retirada significativa das tropas israelenses, embora ainda mantenham controle sobre partes do território. Em suas palavras, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu destacou que a desmilitarização é essencial.
"Se isso for alcançado da maneira mais fácil, então será bom, e se não for, então será alcançado da maneira mais difícil."
Quais são os próximos passos?
Embora os deslocados possam enfim regressar, é um regresso à incerteza. Nas palavras de Mahdi Saqla, ainda que em escombros, retornar é em si uma vitória após dois anos de deslocamento. O desfecho desses eventos também testou alianças internacionais, afetando a relação entre os EUA e Israel, enquanto outros países da região foram atraídos para este conflito complicado.
O chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, afirmou que recebeu garantias do fim da guerra, mas há ainda muitos desafios a enfrentar, principalmente no que diz respeito à libertação de reféns e à estabilização de Gaza.
Apesar do impacto devastador desse conflito que já levou à morte de dezenas de milhares, há uma nova junção de esforços dos mediadores internacionais para impulsionar a resolução pacífica e duradoura deste longo litígio.
Com informações da Agência Brasil